O Dia Internacional da Mulher foi comemorado na Escola
Lenilson Miranda por várias homenagens e palestras de valorização às mulheres. As
atrações, realizadas no contexto do projeto de leitura desenvolvido pela equipe
de professores das disciplinas da área de Linguagem – que inclui a biblioteca
da escola, se estenderam durante os três turnos de aulas na unidade de ensino.
Pela manhã, os alunos fizeram resgate histórico sobre a
comemoração da data. Eles relembraram a tragédia ocorrida com 130 operárias de
uma fábrica têxtil de Nova Iorque que em 1911 morreram queimadas em um incêndio
numa fábrica de tecidos, ao reivindicar igualdade salarial e melhores condições
de segurança no local de trabalho.
“O Dia Internacional da Mulher deve ser também comemorado em
nome das operárias mortas em defesa de todas as demais mulheres que lutam por
igualdade social”, disse o aluno durante explanação sobre o tema. Após a
palestra houve declamação de poemas entre os alunos.
O turno da tarde ficou sob responsabilidade da coordenadora
pedagógica Olindair Vilacina. Alunos recitaram poemas e distribuíram lembranças
temáticas para as mulheres presentes. Durante fala sobre a origem da data comemorada,
um aluno recordou que o primeiro manifesto feminista no seguimento ocorreu em
1857 quando trabalhadores de uma fabrica têxtil entraram em greve para
reivindicar a redução de uma jornada de trabalho de 16 horas para 10 horas
diárias.
A diretora da escola, Libana da Cruz Silva, explanou sobre a
importância da mulher enquanto mãe. Ela destacou os trabalhos domésticos desenvolvidos
pelas mães de famílias, sobretudo às mães dos alunos da escola.
Sob o comando da coordenadora pedagógica Ângela Assunção o turno
da noite também homenageou as mulheres. A celebração da data ficou a cargo da
turma de terceiro ano regular. A aluna Géssica de Sousa Oliveira explicou que o
primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados
Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da
igualdade econômica e politica no país.
Já o aluno Jadérson Carvalho de Sousa recitou um poema
autoral em homenagem às mulheres presentes e o professor Nilson Amaral enalteceu
a mulher negra ao recitar poema “Irene no Céu” de Manuel Bandeira.
IRENE NO CÉU
Manuel Bandeira
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir
licença.
Manuel
Bandeira (1881-1968) nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, no dia 19 de abril
de 1886. Ele é um poeta reconhecido na literatura
nacional, fez parte do modernismo brasileiro. Por sua importante atuação na
literatura, Manuel Bandeira foi eleito para a Academia Brasileira
de Letras em 1940, ocupou a cadeira nº 24.